terça-feira, 4 de maio de 2021

Aulas de natação e a Pandemia



Foto 01 - Parque Aquático - Centro de Excelência dos Esportes - ESEFFEGO  (Goiânia)


(Escrito por Renato Coelho)

Atualmente o mundo está enfrentando uma pandemia que tem provocado, além das graves crises econômicas e sociais, também centenas de milhares de contágios e de óbitos em pessoas por todo o planeta. Segundo os dados atuais do Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza mais de 410.000 óbitos pela Covid-19 e aproximadamente 15 milhões de contágios desde o início da pandemia. Mesmo sabendo que estes números são subnotificados, é uma estatística assustadora e inadmissível, e no entanto, poderia ter sido uma realidade muito diferente se existissem políticas públicas de mitigação e de prevenção de contágios da Covid-19 no país. 
O vírus Sars-Cov-2 tem demonstrado ser bastante contagioso com alta letalidade no Brasil, e ainda totalmente desconhecido pela ciência moderna. Não se sabe ainda com exatidão e clareza como é a sua real dinâmica de contágios e as suas diferentes formas de ação sobre o corpo humano. São várias as perguntas ainda sem respostas sobre o novo coronavírus e a cada dia surgem novas perguntas. Como se dá as transmissão do vírus em crianças? Por que pessoas jovens e sem comorbidades morrem pela covid-19? Como surgiu de fato a primeira transmissão pelo Sars-Cov-2 em humanos? Existem protocolos de segurança 100% eficazes? As vacinas recém descobertas serão eficazes diante das novas mutações? Quais as consequências e as sequelas da Covid-19 a longo prazo em pessoas que já foram infectadas?

E é dentro deste contexto tenebroso em que se encontra atualmente a Educação Física e o ensino da natação, onde professores e alunos estão diariamente participando de aulas em pleno auge de contágios e de óbitos no país, entretanto, sem nenhuma certeza sobre a real situação da pandemia em Goiás e no Brasil, pois a subnotificação e a ausência de testagem em massa são notórias. É seguro ministrar aulas de natação no estágio atual da pandemia? Podemos confiar inteiramente nos protocolos adotados pelas escolas, academias e clubes de natação? Quais os verdadeiros riscos para praticantes e professores de natação diante da propagação acelerada do vírus? Deve-se cancelar ou manter as aulas de natação no atual momento  da chegada iminente de uma terceira onda da pandemia no Brasil?

No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deflagrou tardiamente o alerta de pandemia do vírus Sars-Cov-2 para todos os países, e no dia 13 de março, o governo do Estado de Goiás, através do decreto nº 9633, impôs várias medidas de isolamento social com paralisação de todo o setor produtivo, exceto as chamadas atividades essenciais ligadas à saúde, alimentação e ao transporte. E no dia 15 de março todas as atividades presenciais das instituições educacionais também foram suspensas e substituídas por aulas remotas via internet. A partir de então, todas as aulas presenciais foram substituídas pelo chamado Ensino à Distância (EaD), inclusive as aulas de natação em escolas, clubes e universidades. Aulas presenciais em geral foram substituídas por aulas virtuais, a fim de se evitar aglomerações e contatos diversos entre pessoas que pudessem potencializar os contágios pelo novo coronavirus. As aulas presenciais de natação também entraram nesse universo de proibições. Não houve de fato continuidade ou eficácia nas medidas iniciais adotadas pelo governo estadual, não perdurou se quer por duas semanas e ainda a grande pressão e o lobby dos setores econômicos contra medidas rígidas de controle da pandemia prevaleceram. Nunca houve em Goiás ou no Brasil a implantação de lockdown para conter o avanço de mortes pela pandemia. Não houve tão pouco a criação pelo governo estadual de políticas públicas efetivas de auxílio econômico aos que perderam os empregos ou que tiveram que paralisar as suas atividades laborais. Os resultados são contabilizados atualmente nas mais de 15 mil vidas abreviadas somente no estado de Goiás, sendo uma das mais altas taxas proporcionais de mortalidade de todo o mundo.

Mas afinal de contas, quais seriam os problemas para a suspensão das aulas presenciais de natação? Haja visto que as mesmas são realizadas em ambientes abertos, ao ar livre e a água das piscinas quando bem tratadas possuem alta concentração de cloro. Então, o por quê da sua suspensão? Vamos então para as respostas:

Desde que não hajam aglomerações, as atividade da natação em si mesma ou qualquer outra atividade aquática não é capaz de potencializar ou promover contágios ou mortes pela covid-19, ainda mais levando-se em conta que as atividades aquáticas são realizadas, em sua maioria, em espaços abertos e ao ar livre. As questões relacionadas aos contágios não se relacionam diretamente às práticas dos exercícios físicos aquáticos em si, sejam em piscinas, rios, lagos ou no mar. Entretanto, o maior perigo reside de fato nos contatos e aglomerações que essas atividades aquáticas são capazes de promover dentro ou fora das piscinas, nas praias ou ainda dentro das escolas de natação. 

As aulas de natação não são comparáveis a outras atividades sociais quaisquer, pois envolvem grupos de pessoas que podem produzir interações totalmente distintas daqueles realizados em áreas comerciais ou em locais de lazer. Uma pessoa pode nadar sozinha numa piscina, realizar um mergulho livre e solitário no rio, lagoa ou no mar sem contribuir para a propagação do vírus Sars-Cov-2. O grande problema é que as atividades aquáticas podem ser promotoras de aglomerações, seja numa praia e mais ainda numa escola de natação. Uma criança, por exemplo, que participa de uma aula na escola, suponhamos que seja uma escola de natação, em uma pequena turma de 20 alunos, ela é capaz de efetuar mais de 808 contatos apenas nos primeiros dois (2) dias de aulas, contando aqui todos os contatos no seu trajeto, a partir da saída de sua casa até a escola, no caminho de ida e volta, e também levando em conta os contatos que se dão no interior da escola com colegas e professores. Além da possibilidade de se promover aglomerações de pessoas numa aula de natação, há que se destacar ainda um segundo fator importante, que é o tempo de permanência nas aulas, que pode durar em média entre uma e duas horas no mínimo, onde o tempo prolongado de permanência amplia ainda mais o número de contatos. (ARROYO, 2020)

A água da piscina estando higienizada, clorada e constantemente tratada, estará com o índice de PH ideal, e assim não se tornará em ambiente favorável a novos contágios, pois o vírus Sars-Cov-2 não é capaz de sobreviver ao contato de soluções químicas adicionadas à água de uma piscina tratada regularmente. Porém, segundo pesquisas recentes, o vírus Sars-Cov-2 é capaz de sobreviver em determinadas superfícies por horas ou dias. Por exemplo, no aço inoxidável e no plástico, o tempo médio de vida do novo coronavirus é de 3 dias; já no papelão é de 1 dia e no cobre é cerca de 4 horas. Logo, mesmo sabendo que é muito baixa a possibilidade de transmissão do vírus através de superfícies de contato, sendo a probabilidade de infecção em  menos de 1 contágio a cada 10.000 toques na superfície contaminada (CDC, 2021). Ainda assim, ainda que pequena, é possível a sua transmissão por superfícies de contato, daí a importância da lavagem das mãos constantemente. 



Fig. 01 - Tempo de vida do Novo Coronavírus em superfícies distintas.

Supondo ainda que tais ambientes onde se realizam as aulas de natação sejam sanitizados diariamente, higienizados e passem por rigorosos protocolos de segurança sanitária contra contágios por vírus, o grande problema passa a ser agora os contatos sociais dentro das aulas, as interações e as aglomerações dentro e em volta das piscinas. 

Numa piscina, mesmo considerando as instalações em espaços abertos, os contatos mais importantes entre alunos e professores, e entre alunos e alunos se dão principalmente nas bordas das piscinas, nos blocos de saída, nas escadas das piscinas e nos vestiários. Torna-se praticamente impossível eliminar esses contatos considerando as relações e interações nas aulas de natação, dentro e fora das piscinas. E quando se trata de aulas de natação para crianças entre 01 a 05 anos de idade, a situação se complica ainda mais, pois surge a necessidade do professor(a) estar na água junto com a criança, não sendo possível o distanciamento social, e a transmissão do vírus se torna muito mais fácil e rápida, sendo capaz de promover novos surtos. 

Outro fator importante e que deve ser levado em consideração com relação ao ensino da natação em tempos de pandemia, é que a prática da natação, por ser uma atividade essencialmente aeróbica, envolve contínua e  intensa respiração (inspiração e expiração de forma explosiva) capaz de potencializar a produção de gotículas de saliva e de aerossóis no ambiente externo. Outra característica importante da respiração durante a atividade de natação, consequência da inspiração e expiração rápida, contínua e explosiva, é a eliminação intensa e contínua de expurgos, ou seja, é muito comum um nadador expelir durante as aulas na piscina, uma grande quantidade de fluídos pelo nariz e pela boca, como por exemplo, grande quantidade de catarro. E essa importante peculiaridade da prática de natação, pode facilitar os contágios e surtos pelo novo coronavirus, bastando apenas um único aluno presente nas aulas estar positivado para a Covid-19  e haver contatos entre eles.

Existem normas e protocolos importantes a serem utilizados em aulas de natação, como o rodízio de alunos, distanciamento (um aluno por raia), disponibilização de álcool em gel, uso de máscaras e protetores faciais pelos professores, escalonamento de horários por turmas, uso de tapetes sanitizantes, aferição de temperaturas e etc. Porém, a continuidade ou não das aulas deve obedecer a rígidos critérios relacionados ao grau de contágios e de óbitos na cidade ou país. Caso contrário, nenhuma destas normas ou protocolos, por mais rígidos que sejam, surtirão o efeito esperado no que tange à proteção de alunos e de professores nas aulas de natação, pois não existe protocolo sanitário com 100% de eficácia quando se registra grande crescimento na curva exponencial de contágios.



Fig. 02 - Coeficiente de Transmissão Rt  (Rt > 1 e Rt < 1)

O chamado coeficiente de transmissão (Rt) mede a velocidade de transmissão do vírus, permitindo acompanhar a taxa de evolução e a dinâmica da pandemia ao longo do tempo. Como mostra a figura 02 acima, quando a curva sobe (ascendente) significa que a taxa de transmissão está em aceleração (Rt > 1), indicando que os contágios estão aumentando. Quando a curva é descendente,  significa que Rt<1, logo os contágios estão diminuindo ao longo do tempo. Quando Rt = 1 , significa que a curva é constante (platô). Por exemplo, se numa dada cidade o Rt = 2,3 (Rt > 1), significa que 10 pessoas transmitem o vírus para outras 23 pessoas, mostrando que a pandemia está fora de controle e crescendo. Se o Rt = 0,5 (Rt<1) demonstra que 10 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 5 pessoas, assim sendo a pandemia está sob controle e em diminuição. As aulas de natação só devem ser realizadas quando o Rt <1 e ainda quando os números absolutos de contágios e de óbitos também forem baixos. É importante destacar também que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS | Brasil (who.int), para a abertura de escolas e quaisquer outras atividades não essenciais, o número de testes positivios em RT-PCR da população nunca deve ser superior a 10% (100 testes positivados para cada 1.000 pessoas testadas). 

Portanto, não basta apenas a adoção de critérios de biossegurança nas aulas ou em escolas de natação. O uso de álcool em gel nas mãos, medidor de temperatura, máscaras e protetores faciais de acrílico são importantes, porém, não são capazes de garantir total segurança de alunos e de professores numa escola ou academia de natação quando a pandemia numa cidade ou país está fora de controle, como é o caso do Brasil.  É fundamental ainda observar a dinâmica de evolução do vírus na cidade ou região na qual residem os sujeitos envolvidos nas atividades de ensino e aprendizagem da natação. Quando, por exemplo, o coeficiente de transmissão (Rt) em uma cidade for superior a 1,  (Rt>1) indicando aceleração de contágios numa dada região e o descontrole da pandemia, as aulas de natação devem ser suspensas, pois não existem protocolos seguros e eficazes para aulas presenciais de natação nestas circunstâncias em que a curva exponencial de contágios é crescente (Rt>1), e o melhor a se fazer nesta situação é o isolamento social e o cancelamento das atividades não essenciais, como por exemplo, o cancelamento das aulas presenciais de natação.  Porém, infelizmente esses cuidados e prevenções não estão sendo observados na cidade de Goiânia, em Goiás ou Brasil de forma geral. Com a flexibilização de todas as atividades econômicas não essenciais e o total descontrole da pandemia em Goiás, estamos assistindo o surgimento de uma iminente terceira onda de contágios e com características mais danosas e agressivas do que a primeira e a segunda onda que já assistimos e presenciamos no país, podendo infelizmente produzir maiores danos e vítimas, conforme apontam as análises epidemiológicas atuais.

 

Bibliografia Consultada:

ARROYO, J. Colocar 20 crianças numa sala de aula implica em 808 contatos cruzados em dois dias, alerta universidade. Jornal EL PAÍS, jun. 2020.  Disponível em: < https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-06-17/colocar-20-criancas-numa-sala-de-aula-implica-em-808-contatos-cruzados-em-dois-dias-alerta-universidade.html>. Acesso em:03/02/21.


CDC (Centers for Disease Control and Prevention) COVID-19. Disponível em: <Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) | CDC>. Acesso em: 04/05/2021.


OBSERVATÓRIO COVID-19 BR. Experiência internacional na reabertura de escolas e situação no Brasil: porque não podemos fazer comparações diretas.Set, 2020. Disponível em: < https://covid19br.github.io/analises.html?aba=aba12#>. Acesso em: 03/02/21.


 


29 comentários:

  1. No dia 12 de abril de 2021 eu vi uma pesquisa da Swin England em parceria com a empresa de natação Water Babies e a Royal Life Saving Society UK sobre a possibilidade de contato nas águas da piscina. Essa pesquisa enfatizou que o “vírus não sobrevive” ao pH da água da piscina, deixando claro que depende da quantidade de cloro e do pH da água ao qual o vírus entra em contato. Após ler o que foi exposto pelo professor, vi que minhas suspeitas de não confiar 100% nessa pesquisa estava correta. O vírus, no caso da COVID-19, pode até não “sobreviver” em piscinas, mas temos que analisar que a transmissão e as aulas vão muito além da água.

    Aluna: Áckisa Mayra.

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  2. A contaminação pelo COVID-19 através da piscina, vai depender se a mesma está sendo bem tratada e a quantidade de cloro e o ph da água como foi dito na explanação do professor, mas todos os cuidados devem ser tomados além da piscina, como a utilização do álcool antes de entrar na piscina e a utilização de mascara ou face Shields pelo professor, principalmente para aqueles que trabalham como personais aquáticos.
    Aluna: Maíra Cirqueira 6º periodo

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  3. Infelizmente com a leitura desse texto, percebo que existem “n” motivos que desfavorecem a prática da aula de natação e mesmo tendo um controle de casos, ainda ficaria difícil termos as aulas pelo meio externo, não só relacionado a aula e contato com os demais colegas/professor, como também o caminho para irmos ao local da aula, que pode acontecer de “esbarrarmos” com alguém que esteja contaminado na rua, no ônibus, dentre outros locais.

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  4. Infelizmente com a leitura desse texto, percebo que existem “n” motivos que desfavorecem a prática da aula de natação e mesmo tendo um controle de casos, ainda ficaria difícil termos as aulas pelo meio externo, não só relacionado a aula e contato com os demais colegas/professor, como também o caminho para irmos ao local da aula, que pode acontecer de “esbarrarmos” com alguém que esteja contaminado na rua, no ônibus, dentre outros locais.

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  5. Embora o risco minimo em contrair o vírus durante as aulas de natação ( dentro da piscina) quando existe um tratamento químico adequado, o risco não se limita a piscina, o risco esta no trajeto, no local de uso comum, na socialização fora da piscina entre outros. Infelizmente as aulas práticas estão penalizadas assim como os alunos e professores, mas, no momento a prevenção é o melhor a se fazer tendo em vista a triste realidade em que estamos enfrentando com mais de 411 mil mortes em pouco mais de um ano.

    Aluna : Dennize Luiza Oliveira

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  6. O covid-19 possui um risco de contágio bem alto. Na piscina o risco de contágio é mínimo devido o cuidado e a quantidade de cloro que é encontrada, porém quando se trata de aula, de um grande número de pessoas, do trajeto de ida e vinda a universidade, esse risco se torna maior. Levando em consideração que nem todos tem um meio de transporte particular.

    Larissa Oliveira- 7°período matutino

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  7. Infelizmente são preocupantes os dados atuais, o crescimento de pessoas que tiveram suas vidas ceifadas pelo Covid-19 que aumenta diariamente, a propagação do vírus com suas variantes em nível assustador, devido à falta de cuidados da população e a incapacidade de governança dos gestores que ignoraram as medidas preventivas e estimulam a exposição das pessoas a ambientes de risco e o uso de medicamentos ineficazes. Tudo isso diverge do determinado pela Constituição Federal em seu artigo 196 quando trata da promoção, proteção e recuperação da saúde garantidas pelo Estado.
    Diante do contexto atual, o que causa extrema angústia a sociedade é o fato de existirem inúmeras dúvidas em relação aos danos que Sars-Cov-2 poderá causar a longo prazo, como a atuação no corpo das crianças e demais indivíduos? O porquê da morte de pessoas que não apresentavam comorbidades e quanto as medidas de segurança mais eficazes para evitar o contágio?
    Neste cenário as aulas de natação também foram suspensas, isso porque por mais cautela que se tenha, seguindo todas as medidas de higienização do ambiente, o contato com outras pessoas acaba sendo inevitável, inclusive quando se trata de crianças, outro fator relacionado é a liberação de fluídos que o indivíduo expeli nas aulas que é um fator de contaminação.
    Deparar-se com o lockdown que não é respeitado por todos os cidadãos e com a precarização dos empregos, demissões, mortes, além da angústia que inúmeras pessoas enfrentam e que causam danos psicológicos agrava ainda mais a situação, pois uma vez que o ser se preocupa o sistema imunológico é afetado. Em meio a esse quadro a suspensão das aulas tornou-se necessário e com isso as atividades físicas foram afetadas, o que se por um lado evita o contágio devido a aglomeração de pessoas, por outro faz com que os indivíduos diminuam a prática de atividades físicas, o que a longo prazo contribuirá com o aumento de doenças crônicas não transmissíveis.
    É fato que o vírus varia à medida que infecta uma pessoa, contudo, as variantes que surgem e as informações que são disseminadas mostram que a ciência ainda tem um longo caminho a percorrer para explicar com exatidão o que irá acontecer com os infectados.
    A pandemia mostrou o quanto estamos despreparados para as adaptações; o quão incompetentes são os gestores que ao invés de se unirem com os pesquisadores provocam conflitos; a precarização da saúde pública, o que é um retrocesso quando comparado a 1904 quando o governo instigado por pesquisadores entre eles Oswaldo Cruz, dedicou-se em uma campanha para erradicar a varíola. A falta de políticas públicas que deem um suporte aos trabalhadores que perderam os empregos ou tiveram redução de suas remunerações. Chegamos a um estágio da nossa história que ficará registrada como uma fase de ignorância.

    Aluna: Amanda Sucia do Carmo.

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  8. Através de reportagens com grande infectologista já vista, estes médicos relata que a piscina e um dos lugares que o indivíduo corre menos risco de ser contaminado, lembrando também que vai conta bastante a quantidade de pessoas que se encontra dentro desta piscina, pois os cuidados e a prevenção se inicia em sua casa no seu dia dia , ou seja devemos ter todos os cuidados desde da sua casa até nas aulas de natação ou piscinas que vão ser usadas cm mas pessoas, e os componentes utilizados para tratamento físico e químico da piscina, incluindo o cloro, são suficientes para matar o vírus. Portanto, devemos nos preocupar menos com a água e mais com as pessoas que estão ao nosso lado.
    Cassia Natalia Justino de Souza 8 período Mat

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  9. Para que possa haver uma normalidade nas aulas deve se tomar em conta os riscos de transmissão até mesmo antes de entrar no meio aquático, pois nem todos tem condições de ter meio de transporte particular.

    Aluno: Erick Araujo Machado 7 período MAT

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  10. Segundo o texto pode ter aula de natação na pandemia mas com devido cuidado mas fundamental estar ciente do cuidado devemos ter dentro de fora piscina
    Aluno:Eugênia de Jesus Silva em Eseffego_UEG Período:Matutino

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  12. Mesmo que o meio em que a maioria das aulas ocorre, a piscina, não tenha a proliferação do virus, existe muito mais envolvido, pois da saída de casa ate realmente a entrada na piscina existem vários contatos e formas de se contaminar, além disso, anteriormente ao inicio da aula a maior parte dos alunos conversam uns com os outros sem a mascara, sendo uma forma de transmissão. Porém na minha visão quem mais esta em risco de contaminação é o professor, pois ele esta em contato com varias pessoas em mais de uma aula por dia e mesmo que seja utilizado a mascara de acrílico, esta não é a melhor forma de prevenção e nem o mais confortável e eficiente para se dar as aulas.
    Aluna: Alicy Moreira de Faria

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  13. É importante enfatizar com cautela, como deve-se seguir todas medidas de higienização do próprio ambiente e quais riscos podem acontecer durante a pratica, como atividades que abordam crianças a adultos. Durante algumas reportagens com pessoas de alto nível da área como doutores, infectologista, biólogos e etc. Locais esportivos, inclusive piscinas podem ter um pequeno risco de contaminação, além de todos cuidados e medidas que devem ser tomados, porém devido ao novo cenário de pandemia, uns dos maiores motivos que podem causar o bloqueio da aula, quanto a pratica seria a “aglomeração”, que algumas atividades aquáticas e outros esportes/aulas podem promover, levando a pratica a suspenção.

    Aluno: Hiago Luiz Guimaraes Oliveira

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  14. Infelizmente, apesar dos riscos baixos dentro da piscina, temos vários outros fatores que devem ser levados em consideração (como o trajeto).
    Em meio a esse "caos"que estamos passando o melhor é se guardar ao máximo (evitando se contaminar, evitando contaminar pessoas próximas e consequentemente, não enchendo mais os hospitais). ALUNO: WILLIAN BORGES SAGIORATTO EVANGELISTA

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  15. Mesmo com os estudos sobre a menor contaminação no ambiente aquático, ainda devemos manter todos os cuidados possíveis, ninguém está isento do vírus, mesmo que já esteja vacinado e imunizado. Não é apenas o fator natação em si que conta naquele momento, mas toda a vivência anterior, se a pessoa se contaminou antes da prática aquática, se ela está assintomática e não tem sabe. Todo cuidado ainda é pouco.
    Aluna: Maria Clara C. Abdalla

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  16. O conhecimento sobre o novo Coronavírus ainda é escasso. Um vírus com auto índice de contagio que assolou todo o planeta em poucos meses fez com que os hábitos de vida mudassem completamente. Porém medidas tardias de prevenção resultaram no grande número de vidas perdidas e prejudicadas por uma doença extremamente prejudicial e imprevisível. Ainda hoje medidas de prevenção não são seguidas a risca por boa parte da população resultando em mais de um ano de pandemia no Brasil. No entanto este é um fato que engloba varias discussões complexas.
    O ambiente escolar é duramente afetado pela pandemia, a mudança drástica de aulas presenciais para aulas remotas em formato de ensino a distancia é uma realidade desde março de 2020. Para se readaptar foi necessário um "jogo de cintura" considerável, contudo é notório que varias atividades realizadas anteriormente de forma presencial não se encaixam no modelo remoto, como é o caso das aulas de natação. Para o ensino superior aulas de natação apenas no formato EaD representa um déficit considerável, bem como para crianças e jovens que tinham as aulas de natação como prática semanal de exercícios. Realizar ou não aulas de natação de maneira presencial envolve uma discussão seria de contagio da Covid-19. A beira de uma terceira onda de Covid-19, de que maneira aulas presenciais de natação podem garantir a não disseminação do vírus?
    Mesmo cumprindo rigorosamente as medidas de prevenção sugeridas pela Organização Mundial de Saúde não é possível garantir o não contagio durante as aulas, visto que nem mesmo essas medidas apresentam 100% de eficácia.
    Aluna: Ana Beatriz Marques Guimarães

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  17. Mesmo que haja o comprometimento de todos em seguir rigorosamente todas as medidas de proteção durante a práticas das aulas de natação, ainda existe os mais diversos fatores que podem sair do nosso controle, como exemplificado no texto. Além de como cada aluno segue essas normas fora do ambiente escolar e dos clubes de natação. Realmente não temos todas as respostas a cerca do vírus e suspender as aulas, infelizmente, segue sendo a opção mais responsável no momento.
    Aluna: Júllia Nery da Silva Alves.

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  18. Como já explicado no texto, mesmo que a proliferação na piscina a princípio seja mínima, existem outros fatores que precisa de mais atenção e cuidado principalmente quando se trata de aulas coletivas em que o contato e aglomeração é maior. Mesmo que todos os cuidados sejam tomados desde o trajeto de sair de casa até o final da aula de natação, não garante 100% de proteção contra o contágio do vírus. É essencial que todos estejam cientes que correm riscos caso decidam por continuarem com a aula de natação.
    Aluna: Ana Isabela Ramos Malheiro

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  19. Temos vivido um cenário muito incerto devido a pandemia ocasionada pelo coronavírus, oois pouco se sabe ainda a respeito deste vírus. Enfrentamos a segunda onda e infelizmente devido a falta de uma política pública específica para a realidade enfrentada e a falta de cumprimento dos protocolos de segurança surge a ameaça de uma possível terceira onda com impactos ainda maiores.
    Diante disso, é inevitável que as aulas de natação sejam afetadas, no entanto se analisarmos a prática a partir do meio em que é praticada percebemos que aparentemente não é um risco, pois as aulas costumam ser em ambientes abertos ou ao ar livre, além disso, a água é tratada regularmente e sanitizada o que impossibilita a permanência do vírus no meio aquático. Entretanto, o verdadeiro riso está nas interações sociais promovidas entre os alunos e o professor nas aulas, a possibilidade de aglomerações e a permanência do vírus sobre algumas superfícies que pode durar cerca de horas e dependendo a superfície até dias. Outro fator que poderá ser um risco é a respiração muito intensa na prática, já que a natação é um exercício predominantemente aeróbico, que leva a eliminação de fluídos pelo nariz e pela boca, ou seja, basta um aluno contaminado pelo vírus para que haja a disseminação para a turma. Assim, por mais que existam protocolos de seguranças a serem seguidos ainda sim há o risco de contaminação através do contato entre a turma, por isso, quando o índice de contaminação estiver muito alta o melhor e mais seguro a se fazer é suspender as aulas de natação.
    Aluna: Morghanna Chrystinne Sousa Rodrigues

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  20. De acordo com as informações citadas no texto, as práticas e medidas de segurança para prevenção do vírus tornam-se meios essenciais para evitar as ondas do coronavírus. Sendo assim, percebe-se que desde os momentos iniciais o distanciamento social é um dos maiores problemas não solucionados de forma efetiva postergando ainda mais as possiveis chances de melhora do quadro nacional. Nesta situação onde já se preve a possivel volta das aulas presenciais, é importante questionar sobre como a pratica de natação pode ser feita de forma segura e se ela pode ser feita de forma segura, pois, mesmo com a vacinação em massa dos professores, como o mesmo conseguirá controlar uma turma com crianças por exemplo, para que estes evitem o contato fisico entre si? Com essa reflexão, outra questão importante a se mencionar, é sobre como o ensino e o estudo de natação é feito pelo ensino remoto. Sendo assim, mesmo que o professor se reinvente e descubra novas metodologias, este conhecimento será absorvido e adquirido de forma efetiva?
    Nesta situação, as aulas remotas proporcionam maior segurança a saúde pública, mas a mesma pode não ser compreendida sem a prática corporal em si, evidenciando assim os impactos causados pela pandemia do coronavírus 2019, fazendo com que, o ensino brasileiro lide com a situação da melhor forma possível.
    Aluna: Izadora Teles Carvalho.

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  21. Com base no texto lido veicula a natação na época de pandemia do corona vírus, está sendo meio tabu, devido não ter as aulas práticas principalmente para universitários Acadêmicos do curso de educação física, e para as pessoas que precisam aprender as técnicas de natação com esse sistema remoto vem acontecendo várias misérias, pessoas que não têm o recurso desejado de internet para acompanhar as aulas, e até simplesmente uma alimentação e uma vida estável, para que consigam realizar não só a aula de natação E se também acompanhar todos os conteúdos.
    Aluna: Hallerandra Nahra Oliveira Brito.

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  22. Muitos são os fatores que faz com que ocorra o crescimento da contaminação pela covid, mas como o professor mesmo coloca, é um trabalho de todos, para todos fazerem uso das medidas de segurança, pois não adianta nada a escola tomar todas as medidas de segurança e o aluno não fazer uso de máscara, do álcool e outros meios de segurança, sendo assim, um trabalho em conjunto, que irá auxiliar no decréscimo da covid e ter o retorno das aulas com maior segurança possível.

    Aluna: Eneely Evelin Gomes de Araújo

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  23. A contaminação vem sendo cada vez maior, a pandemia que antes era vista com mais cuidado por todos, hoje está sendo normalizada e relativizada. As medidas de segurança são meios essenciais que evitam a propagação do vírus, mas isso deve ser responsabilidade de todos. A aula de natação ainda é um tabu muito grande, pois o receio de se contaminar é gigante, porém estudos comprovam que o vírus fica inativo após 30 segundos na agua da piscina por conta do tratamento, mas após a aula os alunos devem colocar a mascar novamente, pois o risco de contaminação esta no pós aula.

    ALUNO: Gabriel Montalvão Tavares - MATUTINO - 7° PERIODO

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  24. Mesmo que o risco de contágio do vírus Sars-Cov-2 na piscina seja menor por conta dos produtos químicos usados para tratar a água, ainda há risco.
    Como salienta o texto, o risco não está somente na possibilidade de transmissão pela água, mas sim em todo trajeto dos alunos e professores.
    Diante do risco, para além dos cuidados pessoais, ainda é preciso uma conscientização maior das população e do governo quanto os protocolos de segurança.

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  26. muito importante que as piscinas sejam locais abertos e bem ventilados. A maior preocupação está relacionada àquelas em locais fechados, sem ventilação adequada. Se os nadadores mantiverem uma distância mínima entre eles, de um a dois metros, a priori, o risco é baixo. Agora, uma piscina cheia de gente, dentro de uma sala fechada, não ventilada, aumenta bastante o risco de transmissão. Os cuidados são desde ir apenas a locais que façam higienização adequada das piscinas e que sejam arejados, amplos e sem grande quantidade de pessoas. Outro cuidado que precisa ter é no vestiário. Se você coloca a máscara com o rosto molhado, ela perde muita a eficácia. Então, tente trocar de máscara sempre que possível e evite fazer a troca de roupa dentro do vestiário, que pode ser um local de aglomeração e, no geral, não muito bem ventilado. E também se preocupar com o trajeto percorrido e de como vc se protegeu até chegar no local das aulas.
    Rafael Lemos de Araújo- 7° período matutino.

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  27. Para que as aulas sejam mais seguras, como já havia dito no comentário anterior, é muito importante que as piscinas sejam locais abertos e bem ventilados, a maior preocupação está relacionada àquelas em locais fechados, sem ventilação adequada. Se os nadadores mantiverem uma distância mínima entre eles, de um a dois metros, a priori, o risco é baixo. Agora, uma piscina cheia de gente, dentro de uma sala fechada, não ventilada, aumenta bastante o risco de transmissão. Os cuidados são: ir apenas a locais que façam higienização adequada das piscinas e que sejam arejados, amplos e sem grande quantidade de pessoas. Outro cuidado que precisa ter é no vestiário. Se você coloca a máscara com o rosto molhado, ela perde muita a eficácia.

    GUILHERME YULE, 7° PERÍODO

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  28. É certo que se a piscina estiver bem tratada com a quantidade de cloro adequada o vírus não sobrevive ao pH da água. Porém, as aulas de natação não envolvem apenas a prática esportiva em si, mas também a socialização entre as pessoas. O contato entre professores e alunos nas bordas das piscinas, entre colegas no vestiário e outros espaços é inevitável, possibilitando assim o contágio pela covid-19. Mesmo que de adote todas as medidas sanitárias, nenhuma é 100% eficaz, portanto as aulas de natação devem ser canceladas até o momento em que as taxas de infecção e mortalidade estejam baixas na cidade.

    Aluno: Nicolas Molina Linhares. 7° Período.

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