quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

A Natação e a Segunda Onda da Pandemia no Brasil: caos e incertezas




(Escrito por Renato Coelho)

As pandemias na história mundial são descritas por ciclos chamados de “ondas”, que indicam a sua frequência ou o número de repetições ascendentes (ver figura 01 abaixo). Uma onda representa o intervalo no qual se observa elevação contínua e exponencial de contágios ou de mortes e é sempre seguida por um pico (ponto máximo de casos ou mortes) e vindo logo após, uma queda também contínua, porém, abrupta. Uma onda pode ainda ser seguida por um “platô”, o chamado platô de casos representa um intervalo de estabilidade, onde se observa a manutenção de contágios ao longo do tempo após se atingir o pico, entretanto, sem decréscimo ou queda dos números.

Na pandemia da chamada gripe espanhola ocorrida entre os anos de 1918 a 1920, foram observadas quatro (4) ondas ao longo do período. O número total de mortos da gripe espanhola não é preciso, mas há estimativas que apontam em mais de 60 milhões de mortes. Evidências mostraram que o vírus surgiu entre soldados numa base militar localizada nos EUA durante a Primeira Guerra Mundial. O deslocamento das tropas americanas pela Europa ajudou na difusão do vírus pelo planeta, provocando o surgimento da pandemia da gripe espanhola em 1918 com o retorno das tropas militares aos seus países de origem. O grande fluxo de soldados pelo mundo durante a Primeira Guerra Mundial fez explodir os casos e mortes pela gripe espanhola no planeta, inicialmente na Europa e nos EUA e em seguida se espalhando para todos os demais países do mundo.

 

Figura 01 – Curva exponencial de contágios em uma pandemia: A – primeira onda; B – segunda onda.

Atualmente, neste início do ano de 2021, o Brasil vivencia a segunda onda da Covid-19 com mais de 200 mil mortos. A primeira onda no Brasil teve início em março de 2020, porém, cada estado da federação experimentou uma curva ou onda diferenciada da pandemia, não somente com amplitudes e variações distintas, mas como também dinâmicas e tempos muito diferenciados na chamada primeira onda. O vírus Sars-Cov-2 chega ao Brasil principalmente pelos grandes aeroportos internacionais. A primeira onda no Brasil começou nas capitais e nos grandes centros urbanos e em seguida seguiu em direção ao interior pelas rodovias. Já a segunda onda que presenciamos atualmente, passou a ter um comportamento diferenciado, ela cresce de forma quase simultânea em todos os estados e entre as cidades do país, tanto em cidades grandes quanto pequenas.

Na primeira onda o vírus se concentrou primeiramente nas capitais, ficando muitas cidades sem confirmação da presença do vírus por um determinado tempo. Porém, nesta atual segunda onda observamos que todas as cidades do país, grandes, médias e de pequeno porte já possuíam a transmissão comunitária do novo coronavírus, e é essa nova característica que diferencia a primeira da segunda onda, e é capaz de explicar o crescimento maior e mais rápido desta segunda onda da pandemia no Brasil. O fato desta segunda onda estar também superando todos os recordes de casos e de óbitos da primeira onda se deve ao fato do relaxamento das regras de isolamento social e da exaustão da população com relação a essas mesmas regras. A exaustão das pessoas e o descrédito em seguir as regras de isolamento social por grande parte da população se deve ao fato da demora e do fracasso do Estado nas suas políticas públicas de controle da pandemia, ou mesmo na ausência destas políticas. Na verdade, nunca houve e ainda não há no Brasil, nenhuma política pública nacional de mitigação de contágios da Covid-19. O que assistimos é a eclosão de uma segunda onda que se iniciou em dezembro de 2020 e tem aumentado vertiginosamente já nos primeiros dias do ano de 2021, com amplitude e velocidade muito superiores aos da primeira onda vivenciada no ano anterior. Quando a pandemia está fora de controle e as pessoas, que outrora estavam em isolamento social em suas casas, passam a ter uma maior mobilidade nas ruas, faz provocar então um aumento de casos muito maior do que na primeira onda. Com a demora para se debelar uma pandemia por parte dos gestores públicos, a vida em isolamento contínuo se torna insuportável e desumana, logo as pessoas perdem o medo do vírus e tentam restabelecer hábitos da vida anterior, e nesse enfrentamento, quem sempre leva a melhor é o vírus, daí o alto número de internações e de óbitos. Numa primeira onda o medo do vírus ajuda as pessoas a permanecerem em casa, porém, com a demora ou ineficácia da liberação de auxílios econômicos aos indivíduos afetados, a demora com a politização e a mercantilização na distribuição das vacinas, também o desemprego, a fome e a falta de perspectivas futuras num país pobre como o Brasil, obrigam as pessoas ao tudo ou nada, e a única solução é a de encarar o vírus a fim de sobreviver, resultando num aumento no percentual da mobilidade urbana. Porém, como não existem tratamentos e a vacinação ainda é muito lenta e retardatária em relação à velocidade do vírus, as consequências passam a ser o elevado número de contágios e de óbitos.


Figura 02 – Curva exponencial de contágios no Brasil: A – primeira onda; B – segunda onda. (fonte: Ministério da Saúde  - https://covid.saude.gov.br/)

Podemos chamar de eventos “gatilhos” aqueles capazes de provocar grandes aglomerações em um determinado intervalo de tempo e em consequência produzir uma elevação importante nos contágios e nas internações em hospitais. Os eventos gatilhos podem fazer surgir uma nova onda na pandemia.

Três eventos importantes ocorreram no final de 2020 no Brasil e provocaram juntos uma explosão de casos e em consequência uma gigantesca segunda onda da covid-19 no país. Estes eventos chamados de “gatilhos” foram capazes de provocar uma ampliação exagerada de contágios no Brasil durante o segundo semestre de 2020 e também o colapso dos hospitais em vários estados da federação atualmente, porém, estes eventos sozinhos não são os únicos responsáveis pelo crescimento exponencial desta segunda onda. A ausência de testagem em massa, o sucateamento do sistema de saúde e a ausência de políticas de prevenção e de comunicação para com a população também foram fatores que somados, contribuíram grandemente para o caos sanitário no qual o Brasil se encontra hoje.

O primeiro “evento gatilho” foi o período de campanha eleitoral realizada nos municípios de todo o país realizados entre os meses de outubro e dezembro de 2020 (primeiro e segundo turno das eleições municipais 2020). O TSE autorizou a realização das eleições em pleno período de pandemia e ainda a promoção de campanhas eleitorais presencias, que foram foco de grandes e contínuas aglomerações entre os meses de novembro e dezembro de 2020. O segundo gatilho foi a celebração do Natal entre familiares e o grande movimento no comércio provocado por esta data comemorativa. Já o terceiro gatilho foram as celebrações e viagens de ano novo que também provocaram aumento significativo dos contágios.


 

Figura 03 – Curva exponencial de óbitos no Brasil: A – primeira onda; B – segunda onda. (fonte: Ministério da Saúde  - https://covid.saude.gov.br/)

Vale lembrar ainda que todos os países do mundo fracassaram com relação ao controle da pandemia. O vírus Sars-Cov-2 colocou todos os gestores e políticos do mundo de joelhos. Não adianta apenas culpabilizarmos a população, há erros graves por parte principalmente dos gestores e do próprio Estado no controle e erradicação do vírus Sars-Cov-2, pois a maioria das mortes poderia ter sido evitada, bastando a implementação de políticas seguras e efetivas de mitigação de contágios. É uma situação cômoda culpabilizarmos as vítimas da covid-19 pelos próprios contágios. Não podemos esquecer tão pouco que a iminência de uma pandemia no mundo era um tema já bastante discutido entre a comunidade científica internacional e também era do conhecimento das autoridades mundiais.

O que presenciamos e observamos atualmente com relação à pandemia, não é apenas uma incompetência ou incapacidade das autoridades em resolver o problema dos contágios e mortes, o que se comprova na realidade é a prática do chamado extermínio de classe, onde a maioria das mortes ocorrem nos lares dos trabalhadores pobres e de baixa renda, nas comunidades periféricas, entre a população negra, atingindo principalmente pessoas com comorbidades e idosos. Por isso o desinteresse, a insensibilidade e a demora na efetivação de soluções eficazes no combate à pandemia. 

A Natação e a Segunda Onda


Pelas análises anteriores e as taxas de crescimento observados nos gráficos atualizados do Ministério da Saúde sobre a pandemia no Brasil, podemos afirmar que todas as atividades presenciais de educação física deveriam ser suspensas imediatamente. O índice de transmissão (Rt) no Brasil atualmente está acima de um (Rt>1), inclusive em Goiás, sendo que existem regiões no país em que Rt  =2,7, mostrando que 100 indivíduos são capazes de contaminar outras 270 pessoas, provocando assim um crescimento exponencial de contágios. Na prática academias, escolas de natação, escolinhas de futebol, clubes e escolas em geral deveriam ter as atividades todas suspensas como medida de prevenção. Porém, sabemos que no Brasil não existem políticas de isolamento social capazes de garantir a segurança das pessoas contra o vírus e nem mesmo políticas econômicas de fomento para os professores de educação física ou para os donos de academias a fim de garantir o sustento financeiro destes trabalhadores durante uma possibilidade de isolamento social ou lockdown. Portanto, o que continuaremos assistindo é a manutenção da necropolítica dos governos e gestores brasileiros na condução da pandemia da covid-19 no país, com aumento contínuo de contágios, colapsos nas redes hospitalares e do sistema funerários de todos os estados do país.

O Programa Nacional de Imunização no Brasil não possui nenhum planejamento e eficácia, e a velocidade de transmissão do vírus é infinitamente maior do que a das vacinas, o que irá provocar mais mortes e uma demora muito maior para se atingir a imunização de toda a população (imunidade coletiva).  A única alternativa que resta à população é manter as regras de distanciamento social, ainda o uso contínuo de máscaras e a lavagem das mãos. Porém, vale lembrar que tais medidas de biossegurança não são suficientes para conter o vírus em locais fechados e com aglomerações quando o Rt > 1, ou seja, em escolas ou academias em períodos de aceleração da pandemia (Rt > 1) não há como conter a proliferação do vírus Sars-Cov-2, nestes ambientes, mesmo com o uso de máscaras, medição de temperatura corporal ou uso de álcool em gel, sendo o aconselhado a fazer é mesmo o fechamento destes estabelecimentos até que haja uma diminuição dos contágios por um período maior do que três semanas consecutivas (Rt < 1). Mas devido às relações de poder da sociedade capitalista e as dicotomias entre trabalho e saúde (economia x isolamento social) criadas no Brasil, dificilmente as decisões corretas serão acatadas pela sociedade. O que veremos mais uma vez nesta segunda onda é a própria natureza cuidando das taxas de velocidade e de transmissão do vírus, assim como aconteceu na primeira onda em 2020, quando o número elevado de contaminados e de mortos desacelerou o crescimento da pandemia no Brasil (hoje são mais de duzentos mil mortos no país), onde as consequências negativas e imprevisíveis, tanto na economia quanto para a saúde pública, passam a ser muito maiores, do que realmente com a realização do isolamento social.

Somando a toda a tragédia vislumbrada nos parágrafos acima, temos que acrescentar ainda as mutações genéticas do novo coronavírus detectadas no estado do Amazonas, mas que já estão espalhadas por todo o continente. As variações genéticas tem mudado radicalmente as características do vírus Sars-Cov-2, tornando-o mais transmissível, infeccioso e agressivo, transformando assim as transmissões mais fáceis e rápidas de pessoa para pessoa e ainda tornando mais severas as consequências da Covid-19 nos pacientes.

As atividades presenciais em natação na Universidade Estadual de Goiás deveriam permancer suspensas mesmo com o início do Programa Nacional de Imunização (vacinação), pois o índice de transmissão continua alto (Rt > 1)  e os efeitos práticos da vacinação serão observados somente em 2022. Além do mais, a UEG não possui nenhuma garantia de controle e de segurança contra o vírus em seus ambientes universitários. É sabido por todos, inclusive já foi veiculado nos canais da imprensa, sobre o sucateamento da universidade e da precarização em que se encontram seus prédios, salas e laboratórios. Atividades presenciais de natação ou qualquer outra atividade acadêmica colocaria em risco a vida de alunos, professores e de funcionários. Sendo assim, é de fato necessário no atual contexto de pandemia a permanência do ensino à distância, mas de forma provisória, mesmo tendo consciência das limitações e das injustiças provocadas pelo ensino remoto. Mas, devemos lutar para que essa forma de educação virtual não se generalize jamais dentro da universidade após o período de pandemia, e que os atuais mecanismos de luta possam pressionar a universidade a fomentar políticas internas de inclusão digital na forma de assistência estudantil, capazes de garantir de fato o alcance dos alunos a uma educação de qualidade e gratuita.


21 comentários:

  1. Bom dia, professor.
    Ok!
    Mirelly Santos.

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  2. Ok professor tudo certo , uma boa semana !

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  3. Embora a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 6°, assegure a saúde como um direito social, nota-se que a realidade brasileira não promove o que essa lei determina. Como mostra o texto:A exaustão das pessoas e o descrédito em seguir as regras de isolamento social por grande parte da população se deve ao fato da demora e do fracasso do Estado nas suas políticas públicas de controle da pandemia, ou mesmo na ausência destas políticas. Sendo assim, as consequências dos altos índices de mortalidade e o alto nível de contágio, se dão pela negligência governamental, em detrimento da carência de leis específicas para a problemática atual. Nesse cenário, a própria história conta sobre alguns casos de Pandemia, a própria história nos alerta; mas, o fato do Governo não buscar conhecimento em outros momentos, faz com que a nossa sociedade sofra, cada vez mais, com as consequências dessa imaturidade. Assim, enquanto a mudança não acontecer, a área da Educação Física continuará sofrendo com essa realidade...

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  4. As pandemias tem fortes índices de mortalidade grande, pois os gráficos são um dos dados mais visíveis de todo o processo, quando se descobre o vírus ele já esta num contagio avançado. O covid-19 em sua primeira onde no Brasil foi mais apaziguado, depois no final do ano de 2020 o isolamento se tornou insuportável, tendo um relaxamento, assim encaminhando para a segunda onda que se alastrou de forma gradual em todo o Brasil, mas 60% da sociedade teve que se arriscar em meio ao vírus. No momento em que se estabilizou o contagio, veio as eleições as festas de fim de ano que não foram possíveis de evitar, tendo um grande fluxo em todo o brasil e assim deu os gatilhos para a segunda onda. A falta de uma política mas rigorosa, desencadeou a aceleração do covid-19 em todo o país, sendo a culpa não é só da sociedade, mas a falta de interesse na agilidade de amenizar o contagio foi porque as mortes ocorreu mas nas classes mas baixas.
    As práticas de atividade física estão suspensas mas nem todos que precisam dessas práticas para se sustentarem , não tem nenhuma renda para comprara seus mantimentos, tendo que abrir seus estabelecimentos correndo os riscos de ajudar na contaminação do vírus ainda mas. Todo esse processo só esta a cada dia mas tornando precária todos os órgãos que pode ajudar no controle do covid-19, pois cada dia que se passa o vírus se torna mas agressivo pelo sua mutação e aumento os casos de morte a cada dia. Todas as atividades nas universidades estadual de goiás então acontecendo de forma remota, pois as instituições não tem capacidades para ter um pano de segurança e higiene para todos na universidade, mas depois que passar essa pandemia temos que reivindicar mas fundos para ter mas iniciações nos meios de tecnologias nas universidades para todos.
    Millena Sousa Gomes

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  5. A segunda onda atualmente vivenciada no Brasil se dá pelo falta de cuidados e a quebra do isolamento social, como dito no texto não ocorrendo apenas nas capitais, ou seja, agora ela se espalha de forma rápida até em pequenas cidades de todo o Brasil. Importante falar sobre as mutações que o vírus vem sofrendo, ficando cada vez mais difícil ter um tratamento eficaz e cada vez mais distante de voltamos a nossa rotina habitual. Não podemos deixar de destacar a quantidade de óbitos que vem sendo superada a cada dia, cidades sofrendo colapso por falta de insumos básicos e também por materiais de suma importância como oxigênio para hospitais e isso se da por conta da falta do isolamento social? verbas destinadas as tais cidades? corrupção por parte de seus governantes? Diante tanto sofrimento enfrentado pelo Brasil a situação parece vim se agravando a cada dia mais.
    Como citado no texto não podemos deixar de falar sobre a incompetência ou incapacidade das autoridades não apenas no Brasil como no mundo em resolver os problemas de contagio e mortes como já citados acima, mas no Brasil a maioria das mortes ocorrem em famílias de classes trabalhadoras, pobres e de baixa renda que não podem deixar de trabalhar ou de se colocar em risco para sustentar suas famílias. Os eventos citados nos textos como "gatilhos" são um grande exemplo de contaminação onde autoridades fingem não ter aglomerações e riscos, um exemplo disso foram as campanhas eleitorais, onde até o prefeito eleito da cidade de Goiânia/go foi infectado durante tal evento (gatilhos) e por complicações da doença veio a óbito.
    Diante todos os dados apresentados no texto levando em consideração a atual conjuntura do Brasil é de suma importância que as atividades em grupos sejam suspensas, devemos sim como apontado no texto estar cientes da situação econômica do país e de famílias que vivem disso, mas as vidas também devem ser levadas em consideração. Vale ressaltar que durante a quarentena o número de pessoas diagnosticadas com problemas de saúde que a atividade física serve como tratamento vem apenas crescendo cada dia mais, porém essa pratica de atividades deve ocorrer de forma orientada, sem aglomerações para evitar contagio da Covid-19.
    A UEG atualmente se encontra sem condições de receber seus alunos para qualquer tipo de aulas práticas, pois a instituição não tem insumos para garantir a higienização e cuidados com toda sua comunidade e cortes vem acontecendo cada vez mais nas verbas destinada a nossa instituição. E claro devido ao grande número de contagio é muito mais seguro manter o distanciamento, mas sem legitimar os estudos dessa graduação por forma remota.

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  6. Pandemias até piores que essas já existiram, mas o que nos surpreendeu foi que com tamanha tecnologia e recursos, não conseguimos controlar a proliferação do vírus, levando em conta que os dados mostram que na segunda onda podem haver ainda mais casos, é realmente assustador. Mesmo com o programa de vacinação, nós da EF, como a população em geral não saberemos quando poderemos retornar nossas atividades, pois mesmo vacinados, muitos questionamentos ainda ficam como: essa vacina protege da segunda fase do vírus?...Realmente estamos vivendo tempos sombrios.

    Igor Barbosa Silva

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  7. Estamos vivendo um período de grande tensão em nossas vidas. De um lado a população, refém do vírus, refém do descaso das políticas públicas. Pais, mães solo, famílias entrando em desespero no sentido de se manter, de sobreviver (manter as contas, aluguel pago, o mínimo da alimentação, água, energia), muitos que perderam empregos, muitos que trabalham de forma autônoma e que estão com baixa em suas atividades, neste sentido se arriscam a ir trabalhar, onde os riscos de contaminação aumentam. Às vezes, olhamos as pessoas na rua trabalhando e não se atentando ao distanciamento, não se atentando as normas de higiene, a troca de máscara a cada hora no mínimo (coisa que não acontece), lavagem das mãos, e acabamos por julgar os mesmos, sem saber das demandas pessoais no sentido de sobrevivência.
    Outro dia, vi uma postagem de uma senhora em uma das plataformas das redes sociais, trocando serviços de limpeza e faxina doméstica por 1 kl de carne ou cobrando R$:25 reais por seus serviços, comentando que tem 2 filhos menores de idade, a dona da casa que ela aluga para morar estava prestes a despeja-la por conta de aluguel vencido... isso me deixou bastante comovida e, ao mesmo tempo, revoltada, revolta no sentido de não ter condições de ajudar, revolta com o Estado, por não fornecer suporte. - Rahaby Carvalho -

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  8. Está mais que claro que com o passar do tempo as pessoas estão deixando de lado os cuidados nessa pandemia que ainda não acabou, a segunda onda é real e está cada sendo pior que a primeira. Estamos avançando para que isso acabe logo com a vacina mas ainda é muito para para deixar de lado os cuidados !

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  9. Como apresenta nesse texto, a imaturidade governamental, em relação a pandemia e o cuidado com a sociedade em geral, a pandemia deixou de se dar o cuidado necessário. As pessoas com o tempo começaram a "relaxar" nos cuidados pessoais e com as outras pessoas, voltando a propagar o vírus de forma grandiosa. Isso interfere diretamente nas aulas de Educação Física, limitando durante mais tempo e dificultando as aulas com restrições

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  10. O retardo da contenção do vírus se deve a demora do Governo de tomar medidas de políticas públicas para o controle da pandemia. O texto aponta histórias de casos de pandemia, como a gripe espanhola, que deveria ter servido de alerta ou base para o Governo em suas tomadas de decisões. A falta de rigor fomentou a aceleração do Covid-19 no país, vejo a sociedade hoje, menos preocupada e quebrando isolamento, como se o vírus estivesse extinto e há uma imaturidade governamental que desde o princípio mostrou-se pouco envolvida no combate a pandemia.
    Ana Paula Moreira

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  11. O governo não está conseguindo manter medidas para conter o avanço da segunda onda. O texto apresentado nos mostra outras doenças que causaram pandemia, estamos cada vez menos preocupados com a pandemia e isso está totalmente errado esta pouco envolvida com a pandemia.

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  12. Infelizmente estamos presenciando o caos, realmente não adianta nada decretar lockdown e as pessoas passarem necessidade extrema em seus lares, já que a classe trabalhadora é a mais afetada na história toda, diante desse cenário pandêmico falta leitos e atendimento médico de qualidade, e falando em aspectos econômicos a coisa também fica séria, ou seja, estamos vivendo o caos!
    A desobediência também é um fator preocupante, vemos todos os dias nos noticiários festas e mais festas serem interditadas, com grande número de pessoas e era sabido que após as festas de fim de ano, o cenário iria piorar e piorou. Demorou pouco veio o carnaval e mais festas clandestinas foram descobertas, o desrespeito tomou conta do nosso país e parece que isso nunca vai mudar!
    Vale dizer que apesar da classe pobre ser a mais atingida, parece ser a mais desobediente também, já que podemos presenciar as pessoas dentro dos transportes públicos, bares, lanchonetes, etc., sem o uso da máscara, sem higienizar as mãos pelo menos com água (já que o álcool em gel é caro).
    Enfim, a situação está séria.

    Mirelly Nazario Santos.

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  13. estamos vivendo um colapso total devido a pandemia, e não so por culpa dos políticos mais também da população que não respeita e finge que está tudo normal, o colapso na saúde é muito grande os hospitais não tem leitos vemos o aumento de mortes se cada vez maior, não só a falta de leitos mais também de oxigênio como teve em Manaus. muita coisa tem que se mudar para conseguirmos combater essa onda, e muitas coisas tem que se manter suspensas para evitamos contagio maior.
    Matheus de jesus

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  14. Infelizmente enfrentamos uma triste realidade, após a maioria das coisas serem liberadas no ano de 2020 parece que a população perdeu o medo do virus, o que mais viamos nas ruas eram pessoas sem mascaras, onibus completamente lotados, pessoas que iam ao mercado sem mascara e ao chegarem na porta colocava a mascara so para poderem entream, e isso realmente é entristecedor, a maioria da população acha que o vírus acabou, e o governo não tem feito nada a respeito, o que causa ainda mais esse sentimento de que isso(vírus) não é nadaporém temos enfrentado o resultado do descaso nessa segunda onda..
    Esther Silva Camargo

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  15. Infelizmente enfrentamos uma triste realidade, após a maioria das coisas serem liberadas no ano de 2020 parece que a população perdeu o medo do virus, o que mais viamos nas ruas eram pessoas sem mascaras, onibus completamente lotados, pessoas que iam ao mercado sem mascara e ao chegarem na porta colocava a mascara so para poderem entream, e isso realmente é entristecedor, a maioria da população acha que o vírus acabou, e o governo não tem feito nada a respeito, o que causa ainda mais esse sentimento de que isso(vírus) não é nadaporém temos enfrentado o resultado do descaso nessa segunda onda..
    Esther Silva Camargo

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  16. É em momentos como esse em que vivemos, da pandemia do Covid-19, que percebemos com maior ênfase um inimigo que não nasceu em nossos dias, a hegemonia dominante. Dirigentes da classe dominante que pensam apenas no próprio nariz, não iriam em hipótese alguma se preocupar com as classes trabalhadoras. Como mostrado no texto, outras pandemias poderiam muito bem ter servido de exemplo, para o fortalecimento da estrutura sanitária e de saúde.
    Wederson Efraim

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  17. é difícil entendermos diversos fatores que estão presentes na pandemia, quando falamos de isolamento social de um lado existem pessoas que se aderem ao isolamento social e por outro lado nem todo mundo concorda, pois entendemos que diversas situações são levadas em conta. Grande parte da população fica refém do trabalho como algo essencial entendendo que uma das questões que move o capitalismo é assegurado pelo acumulo de bens materiais e recursos financeiros que cada um possui. discutir sobre algo que estamos passando de certo modo é complicado uma busca pelas melhores soluções como também haverá boas soluções.

    Guilherme luis

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